sábado, 12 de abril de 2008

Matéria - Games no Brasil = Lá vem mais pedra...

Em nosso país não há como comprar somente jogos originais. Ponto. Em nosso país a pirataria é quem manda. Ponto. Em nosso país jogar é visto como coisa de criança ou do demônio. Ponto. Em nosso país o jogo é proibido. Ponto?

Desde que o Brasil se deu por independente, nossa cultura se espalhou pelo mundo. A imagem de muita natureza, mulheres bonitas e semi-nuas, muita festa e liberdade era mantida planeta afora, e todos queriam vir para cá ver a beleza do nosso país.

Hoje vemos que não é bem assim. Nossa natureza é, dia após dia, destruída. Nossas mulheres passam fome nas ruas por não ter emprego, e a nudez só é permitida no carnaval para emissoras ganharem ibope, já que nas ruas isso seria considerado um crime. A liberdade... não a vejo a muito tempo.

Lembro quando era pequeno e ganhei meu Super Nintendo. Naquela época os jogos do Mario eram visto como algo bonitinho e que ajudava a criança em seu desenvolvimento, tanto é que o escândalo em jogos violentos como Mortal Kombat foi enorme em seu lançamento por aqui. Mas os jogos eram vendidos por um preço mais justo, parcelado e com garantia, e jogos piratas estavam longe de meu conhecimento.

Tive meu primeiro contato com a pirataria com o PlayStation, quando meus pais me deram os jogos e achei que fossem assim mesmo, sem saber a diferença entre os dois. Seria coincidência que na mesma época que jogos como DOOM e Duke Nuken 3D a pirataria entrou em cena?
Na geração seguinte mais escândalos: GTA San Andreas e seu Hot Coffe (um minigame incluso no jogo onde a missão é fazer sexo) foi proibido em várias partes do mundo, enquanto um outro jogo chamado ManHunt demorou muito tempo a ser lançado devido ao seu conteúdo violento.

Atualmente vivemos o caso da proibição de Counter Strike e Everquest no Brasil. Muitos protestos e indignações pois são jogos que todos já jogaram e que, quando comparados aos jogos atuais, são Barbies perto de Hitlers.
Não há como um gamer como eu não se indignar! Como algo que custava 50 reais original antigamente hoje custa mais de 200? Será que o governo não percebe que a sua atitude de discriminar os jogos afasta de seu mercado uma cultura nova e uma grande chance de entrada de capital?

A resposta veio ontem, com a decisão do governo de Rio Grande do Sul de proibir o comércio do jogo Bully em toda a região tupiniquim. Um jogo prestes a ser lançado para o XBOX 360, único console completamente trazido para cá. O que o mercado pensa disso?
Não é claro? Jogos mais caros, menos chances de grandes empresas virem para cá e cada vez mais pirataria, já que mais e mais jogos serão proibidos.
Um jogador deve saber o que pode ou não jogar. Um assassino em massa avi ser um assassino em massa com ou sem um jogo.

É por isso que cada vez mais percebo que a minha conclusão não é precipitada: o povo brasileiro é burro. É um povo que quer ir para o buraco. Muitos me chamam de covarde. Peço desculpas. Mas para mim, a única coisa que não vejo por aqui é liberdade.
*Estarei sempre acompanhando e postando aqui o que acontece no mercado de games em nosso país, lógico que sempre com a minha opinião.

Um comentário:

(Nayelianne) disse...

É um post antigo, mas me surpreende que ninguém tenha comentado...

O mais interessante sobre tudo isso é que não há lógica pros preços dos jogos no Brasil. Não existe competição! O que me leva a concluir que é tudo culpa dos mercenários que metem impostos absurdos em tudo que venha de fora, mesmo que sejam só pirulitos. E assim o país vai empobrecendo e diminuindo cada vez mais as chances de crescer, enquanto tais mercenários nadam em dinheiro e inventam mais absurdices nas suas crises de 'vamos brincar de deus e criar leis que não fazem sentido'.

Quanto aos psicopatas e assassinos... é bom realçar que muitas vezes eles usam os jogos pra conter essas tendências, evitando que elas passem pra realidade. E ao tirar os jogos desse tipo de pessoa... :D Elas não terão outra alternativa para aliviar esses impulsos a não ser levá-los para a realidade.

Tenho que concordar com você que o Brasil é burro, desde o povo até as pessoas no poder.
Liberdade de expressão? Pff, such a myth.