terça-feira, 14 de outubro de 2008

Matéria - Jornalismo Gamer

Muitos me perguntam de onde consigo tantas informações do mercado de tecnologia, se faço pesquisas enquanto publico aqui no blog. Bom, é bem simples, na realidade. Não estou com nenhum livro na mão nesse momento, mas garanto que muitas coisas que utilizo por aqui são provenientes de alguma forma de mídia.

Assim como a cozinha, os filmes, a música, as fofocas, etc., o mundo dos games e tecnologia também tem outros meios de publicidade que não eles mesmos, como revistas, televisão e internet. Desde pequeno ia à banca comprar alguma revista daquilo que gostava, e as de jogos de uma forma ou de outra acabavam na cabeceira da minha cama (acredito que a grande maioria dos nerds gostem de ler). Guardei muitas delas com carinho, e me divirto vendo as reações da época perante os jogos das antigas gerações.

Mas esse mercado, que apesar de incluso no de games, sofre problemas enormes, principalmente em nosso país. Uma das revistas pioneiras atuais sobre jogos é a EGM Brasil (Eletronic Gaming Monthly - Jogatina Eletrônica Mensal), a qual sou fã de carteirinha e assinatura, e está no mercado por quase 7 anos. A revista já passou por diversas formulações e direções devido à problemas internos e até mesmo pelas mudanças dos jogadores. Mas é uma das poucas que está lá, vendida toda semana nas bancas. Por que digo isso?

As revistas que eu antes comprava já não existem mais. Agora algumas se seguram por receberem incentivo de fora, como a X360, que obviamente fala somente do console da Microsoft e recebe incentivo da mesma. O brasileiro já é ignorante (convenhamos, ler é algo que apesar de muitos saberem, poucos praticam), e restringir ainda mais seu número à aqueles que lêem revistas de jogos é encontrar agulhas no palheiro. Por isso digo que apesar de ser algo que me informa, e a muitos outros também, o Jornalismo de Games é uma área que está sempre na corda bamba.

Além de revistas, temos (ou tínhamos) também a televisão.Lembro de quando eu ligava a tv para me informar com um antigo programa da Rede Bandeirantes, chamado G4 Brasil. Era muito bom, com notícias atuais e apresentadores que entendiam do assunto (o programa era financiado pela G4 TV, canal americano de jogos virtuais). Mas a alegria durou pouco, o programa acabou, e até migrou para outro canal (antigo canal 21). Programas seguintes, como o Fala + Joga, PlayZone e outros, do atual canal PlayTv acabam de ter um triste fim. E já não era tempo, o que antes só falava de jogos começou a sofrer influências de músicas populares e filmes, perdendo seu destaque. Atualmente não há nenhum canal em rede aberta que passe programas de jogos em todo o Brasil, e raramente há alguma propaganda ou sequer citação de um deles.

Os rádios não têm nada que fale de jogos, nem propagandas. De vez em quando alguns videogames são citados como prêmios de concursos, mas nada além. As músicas tão belas criadas para os mesmos sequer tocam em alguma rádio.

Portanto, posso dizer, sou mais um que vive no misterioso mundo da internet. Ela é a única com bom material para quem quer fujir um pouco da sujeira, desde que procurado. O mercado de jogos tem ótimos sites (www.gamespot.com; www.gametrailers.com; http://jogos.uol.com.br , e muitos outros) para quem quer se informar e entender do que acontece, e o portal G1 da www.globo.com oferece também informações sobre tecnologia e ciência. Infelizmente o Jornalismo de games só funciona de modo recompensador lá fora, e portanto, só vejo o seu futuro na internet para nós tupiniquins. 

Espero que o mercado de jogos não tenha um destino semelhante.

*Créditos à EGM pela imagem da capa de uma de suas revistas.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Matéria - Jogos Criativos

Paremos para pensar: O que fez com que os jogos evoluíssem tanto para chegar onde estão?

Voltemos então lá para o início, digamos: pac-man. O que o jogo tinha para vender tanto? 
O jogo se diferenciava dos demais. E naquela época não existia gráfico realista e sons envolventes. O que fez o jogo ser um sucesso foi sua originalidade: ter um personagem carismático e cenários coloridos.

Pouco tempo depois, veio outro jogo que vendeu toneladas: Super Mario. Qual a sua qualidade? Ter uma missão, e um possível final feliz (perceba: ele utilizou a idéia de um personagem central, copiando-a de pac-man, assim como outros). Mas pera lá: o que isso tem a ver? Simples: Todos os jogos que mudaram o cenário gamer tinham algo de novo a oferecer. E foi assim durante muito tempo, houve a chegada dos jogos coloridos com o super nintendo, os gráficos 3d com Mario 64, as músicas envolventes como em Final Fantasy VII, e por aí vai.

Mas parece que estamos passando por um problema. Todas essas idéias, assim como Mario fez com Pac-Man estão sendo reutilizadas ao extremo, deixando todos os jogos atuais repetitivos e sem nada de novo a oferecer.

Paremos para pensar: Qual a diferença entre The Sims e The Sims 2? Os verdadeiros fãs vão dizer: Os gráficos, os novos objetos, novas interações. Pergunto: Isso não seria simplesmente mais do mesmo? Chegaremos então com The Sims 3, com gráficos melhores, novos objetos, novas interações. Deixo claro, não estou me referindo especificamente a The Sims, apenas o peguei como exemplo.

Agora, porquê todo esse sermão? Bom, não sei quanto a vocês, mas sinto falta de coisas novas que ofereçam mais que gráficos lindos e muito sangue. Lógico que gostei de Devil May Cry 4, Bioshock, mas... falta alguma coisa. Falta a sensação de jogar algo novo de verdade, algo que brilhe os olhos.

Então você vai virar pra mim e dizer: "Não tem como, tudo já foi criado". Mentira.
Vemos sim jogos originais serem criados. O problema é a quantidade de jogos assim criados em comparação aos que vendem milhões. Peguemos o exemplo de Katamari Damacy, jogo mais que inovador, que ninguém colocaria as mãos no fogo por ele, e que fez muitos olharem torto. Apesar de tudo, ele funciona, e muito bem! Quem diria que rolar uma bola grudando tudo prenderia tanto a atenção! Mas a um porém: o jogo cansa. Após um tempo, fica mais do mesmo, e não há o porque de novos lançamentos: é sempre igual. Além do mais, é uma idéia única, ou algum louco vai criar outro jogo de grudar o planeta em uma bola?
Pois é disso que precisamos: De um jogo que revolucione. Um jogo como Pac-Man. Um jogo como Mario. Um jogo único. E são poucos os que tentam fazer isso hoje em dia, já que o mercado só pensa em dinheiro.

Deixo aqui alguns exemplos de jogos inovadores atuais que valem a pena jogar:

Dance Dance Revolution (há uma matéria sobre o jogo nesse blog!) - multiplataforma
Guitar Hero - multiplataforma
Katamari Damacy - multiplataforma
Patapon - PSP
Elite Beat Agents (ou Ouendan) - Nintendo DS
Loco Roco - PSP
Spore - Pc

Há muitos outros. Basta fugir um pouco dos Mario´s e Final Fantasy´s. Boa diversão!

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Game - Spore

Muito foi falado sobre o tão aguardado jogo de Will Wright: Spore. O criador da nova mania mundial já é consagrado por títulos tão famosos como Sin City, The Sims e outros, que somados venderam mais que qualquer outro jogo atual.
Spore desde o início foi comentado como sendo algo extraordinário, e que mudaria o modo de ver os jogos. Seu conceito é baseado na teoria da evolução de Darwin (e outros livros), e dita o jogador através da criação do universo. 

Para isso, o jogador deve criar uma molécula para que possa evoluí-la em um novo planeta e, quem sabe um dia, conquistá-lo por completo. Vários estágios completam o ciclo de vida de sua molécula, sendo eles: A poça, Criatura, Tribal, Civilização e Espacial. A cada fase, seu monstro vai ganhando mais partes e interação com o cenário.

Qualquer um pode jogar Spore. Coloquei essa frase a prova quando minha sobrinha de 5 anos conseguiu criar um monstrinho sem qualquer explicação, e jogar com o mesmo. O criador de criaturas (disponível gratuitamente no site, incluso também no jogo original) é muito simples, e qualquer monstro pode sair de lá (é praticamente impossível encontrar um igual no mundo todo). 

Os gráficos não são nenhuma maravilha, mas a aposta do jogo não é essa, e praticamente nunca foi nas outras séries de Will. O restante do jogo tem elementos de vários jogos, como Flow, Age of Empires e até mesmo Sin City e The Sims.

Não chegou a revolucionar o mundo, mas muita gente está jogando. Aos que forem fiéis e comprarem o jogo original, é possível distribuir sua criatura para o mundo todo, assim como vídeos do seu jogo. Há também um pacote especial do jogo a venda com um encarte exclusivo, pôsters e material de making-off.

Mais do que recomendado, principalmente para aqueles que gostam de criar tudo em um jogo (e que não ligam de passar horas jogando sem perceber).

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Em mãos - PSP Slim


Se você voltar alguns posts atrás, vai descobrir que descarreguei minha ira perante ao DS Lite e suas falhas. O portátil da Big N é muito divertido, mas seus problemas me fizeram deixa-lo de lado. Após algum tempo, finalmente resolvi esse problema: comprei um PSP Slim.
Ao abrir a caixa me deparei com um portátil muito mais elegante que o DS (cor preta), com uma tela muito maior (agora vou conseguir enxergar o que está escrito!) e um rosto já conhecido, proveniente dos outros consoles da Sony.

Fiquei um tempo sem jogos, já que infelizmente no Brasil eu iria comprar 4 jogos e gastar o que gastei com o próprio portátil. Fui obrigado a recorrer a pirataria, destravar o videogame e comprar um cartão de memória de 4gb. Mas isso não vem ao caso, deixemos esse assunto para debater mais a frente.

A primeira coisa que fiz ao pegar o portátil foi ligá-lo (dãã). A imagem é ultra-nítida, e o menu é igualzinho ao do PS3. Coloquei fotos nele, que leu rapidamente, e utilizei uma como fundo de tela. Coloquei músicas, que rodam numa qualidade impecável, e quando tocadas utilizam o console para criar imagens para visualização dos sons (como os efeitos do Windows Media Player). Os vídeos, em mp4, rodam perfeitamente e em alta qualidade (é possível ler as legendas claramente). A internet é mais lenta, e utilizar o analógico como mouse é um pouco incômodo, mas nada que atrapalhe a diversão e praticidade em poder entrar em praticamente qualquer site onde haja um local com rede wireless. É possível também ouvir rádios, usar programas de conversação e muito mais.

Um outro fator que faz valer a pena desbloquear o PSP é poder jogar (emulando) outros consoles no mesmo, como Game Boy Color, Game Boy Advanced, Nintendo, Super Nintendo, Atari, MegaDrive, Nintendo 64, PlayStation e muito mais (até alguns jogos de PC rodam nele). É uma multiplataforma portátil, e quase todos rodando a 100%!

A bateria dura em torno de 5 horas. O Slim, em comparação ao fat, é mais leve, mais fino, com maior duração da bateria, um nível a mais de luminosidade e capacidade de recarregar via USB.
Quanto aos jogos do próprio console, uns podem dizer que estão defasados. Mas eu discordo: atualmente jogo mais meu PSP do que meu PS2. Jogos como Patapon, LocoRoco, Final Fantasy VII Crisis Core (esse em especial), God of War, Tekken, Monster Hunter e muitos outros, estão fazendo a alegria de muita gente, e durando muito. E ainda vêm aí: Kingdom Hearts, Monster Hunter 3, Final Fantasy Dissidia, Final Fantasy XIII, e muitas outras surpresas.

O mais importante de tudo pra mim: A durabilidade. Até agora, um risco sequer aparecel no meu amado PSP, quanto mais uma rachadura. A Sony se preocupa com isso, e é raro que seus consoles apresentem erros fatais. A empresa já anunciou um upgrade no portátil, lançando a versão 3000 até o fim do ano, que inclui tela anti-reflexo (isso realmente faz falta), microfone imbutido, pequenas melhorias e bateria... que dura menos (?).
Não penso em trocar meu PSP tão cedo. Recomendo e digo mais: Não compre um DS, a menos que já tenha um PSP!

Dica de Nerd - Big Bang Theory

Há algum tempo ando sumido do blog. Mas o motivo dessa vez não envolve somente a falta de tempo, e sim a utilização de meu tempo livre para outras formas de lazer. Nessa minha ausência, assisti muitas coisas, li muitos livros/revistas, e vou utilizar o blog também para recomendar os que realmente gostei.

Estava eu, assistindo tv, passando pelos canais, quando me deparo com um episódio de um seriado que iria começar naquele momento. Lembrei de um colega meu dizendo que a série era muito boa e engraçada, e que teria muito a ver comigo. Decidi, então, assistir e ver se era verdade.

O nome da série é The Big Bang Theory (A teoria do Big Bang, em português. Para quem não sabe, é a teoria que inspira o homem a entender da onde veio o universo, onde tudo estava numa massa condensada que, por pressões, expandiu e explodiu). A história é de 2 nerds gênios que moram juntos e não têm vida social. Eles têm 2 amigos, também nerds, que vivem visitando-os para jogos de videogame e afins. Tudo estava normal, até que uma nova mulher se torna vizinha deles (e é a típica mulher loira, bonita e burra). Um dos nerds acaba se apaixonando por ela, e as aventuras acontecem em torno disso.

O seriado é muito engraçado, principalmente àqueles já acostumados com a linguagem nerd (geek) atual, e para os que são aficcionados por jogos e estudos, como eu. A série está estreando sua segunda temporada nos Estados Unidos (aqui, a Warner Channel reprisa a primeira temporada), mas já é possível achar e acompanhar os episódios pela internet.
Deixo aqui, então, a minha dica.