quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Crítica Negativa - Call of Duty Modern Warfare 2


Abro hoje uma nova coluna aqui no blog. Estou cansado de ver jogos da geração atual com notas tão altas, criando expectativas tão grandes quando, na verdade, são bem simples. Isso porque já existe uma fórmula de sucesso: gráficos lindos, pessoas morrendo e câmeras que balançam muito.
Começarei essa nova coluna com o jogo do ano de 2009: Call of Duty Modern Warfare 2.

Segundo a crítica especializada, esse jogo tem tudo o que o anterior não teve, e um pouco mais. Gráficos lindos, situações incríveis e multiplayer contagiante. Parando de falar só das coisas boas, farei uma crítica visando os aspectos negativos.

Logo de início nos deparamos com uma pequena missão que nos coloca em um treinamento (típico da série)e, com base na sua performance, classifica o nível em que ira jogar todo o resto. Isso pode ser muito bom por eliminar a possibilidade de, ao escolher um nível, o jogo se tornar muito difícil/fácil em seu decorrer. Mas, há aqueles que já estão familiarizados com a série, ou gostam de desafios e preferem escolher logo de cara como querem o decorrer.

Já o restante do jogo tem falhas enormes. Em primeiro lugar a história. É um simples
pretexto para um grande massacre, e não mostra qualquer tipo de envolvimento com o jogador. Tentei prestar atenção nas primeiras missões, mas é realmente entediante e se resume a meros "temos que matar antes que ele fuja".

O design das fases é soberbo, mas peca por um simples problema: sua simplicidade e duração. É muito simples o que se deve fazer (basicamente se esconder, matar, correr), e aquelas que diferem um pouco nisso tem duração minúscula. Alguns podem dizer que são esses pequenos momentos incríveis que fazem o jogo valer a pena. Mas e quando jogávamos Shadow of the Colossus, e só haviam esses momentos?

A idéia de multiplayer parece estar dominando o mundo inteiro. Tenho sérias desavenças com isso, já que gosto mesmo de estar apreciando um bom modo carreira.

Considerando que esse Modern Warfare é mais do mesmo, posso muito bem dizer que se tivessem lançado todas as fases como expansões ao primeiro, teriam o mesmo efeito. Não mudou nada. Somente cenários novos, armas novas e alguns detalhes. E os servidores para jogar online no pc deixam muito a desejar. Que feio...

Agora vem a maior de minhas críticas. A fase do aeroporto.

Aos que não sabem, é uma fase que você opta se quer jogar ou não, devido à violência. Convenhamos: quem colocará não?

Nela você controla um homem infiltrado em um grupo de terroristas, dentro de um aeroporto, e deve matar muitos inocentes. Metralhar muitos inocentes, melhor dizendo.

É divertido? Depende do ponto de vista. Para pessoas normais, é uma situação incrível, considerando que não sairá da tela. Mas, precisa mesmo disso? Sinceramente, foi um ponto de exploração altíssimo utilizado para atrair a atenção do consumidor.
Uma desculpa na história para que pessoas vissem o tamanho do escândalo que causaria e dissessem "preciso jogar isso!". Lógico que, em seguida (SPOILER ALERT) você troca tiros com os policiais e acaba morto (SPOILER ENDING). Ainda bem que é uma missão curta.

Não posso dizer que Call of Duty Modern Warfare 2 é um jogo ruim, longe disso. Adorei jogar todas as fases, dar risadas com os amigos e tudo que ele oferece. Só acho que as mídias atuais estão muito generosas ao serem comparadas com o passado. Sinceramente: Modern Warfare 1 ficou bem melhor do que sua continuação. Mas tudo parece ser perfeito. Precisamos de mais jogos bons. Só precisamos voltar no tempo e lembrar de como eram os verdadeiros jogos de qualidade. E que venha Modern Warfare 3!

PS: Não comentarei da péssima dublagem na fase do Rio de Janeiro. O dia que os traficantes entrarem em guerra e só gritarem "me acertaram!" "atrás de você", vou acordar e descobrir que sou um alienígena. E nem venham me dizer que não pode haver palavrões.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Matéria - Onde está o conteúdo?



Volto depois de muito tempo ao blog. Isso porque li uma matéria que o Renato Bueno postou em seu twitter, que falava de algo muito sério, e que a maioria dos jogadores não para para pensar.

Hoje em dia ligamos a televisão e só conseguimos assistir algo com conteúdo em canais pagos (e ainda assim, procurando bem). Enquanto não passa Big Brother Brasil, novela das 8, jornais sensacionalistas, temos milhões de propagandas sem nenhum material significativo e com apelos à sexualidade.

Ao me encontrar nessa situação, posso escolher uma das seguintes opções:
1 - Procurar algum canal que passe algo bom (muito difícil)
2 - Desligar a televisão e procurar outra mídia para me divertir

Seguindo a tradição, decido assistir um filme. Como só encontro Sessão da Tarde, decido baixar um pela internet e, sim, apelar para a pirataria. Baixo em 30 minutos algo que foi filmado dentro da sala de cinema, em péssima qualidade. Desisto.

Decido então ir para a última e mais divertida mídia atual: os videogames. Sento no sofá, ligo a tv e pego o jogo do ano, Bayonetta,

É uma revolução! O jogo do ano! Gráficos lindos, pancadaria geral, jogabilidade igual a de Devil May Cry. O que poderia ser melhor? AH! Claro! Como não pensaram nisso antes? Uma mulher pelada! Perfeito!
Ou será que não?

Claro. Só homens tarados por uma mulher nua virtualmente vão querer jogar isso. Não há um público feminino, infantil, homossexual, e até mesmo de mais velhos, que queiram jogar, não é mesmo?

Mas ninguém leva isso em conta. Nem os jornalistas. A revista mais conceituada do mundo dos jogos, a japonesa Famitsu, deu nota máxima ao jogo.

Eu não sei se fui o único, provavelmente não, mas independentemente de sexualidade e afins, essa parte no jogo me incomodou. É completamente desnecessário. O jogo em si pode ser bom, mas uma mulher nua e virtual só serve para satisfazer a vontade de pessoas que acreditam que aquilo é real. E são pessoas assim que jogam GTA e saem pelas ruas matando as pessoas.

Sim, nesse caso o videogame é o culpado.

Prefiro seguir a idéia da MTV. "Desligue a tv e vá ler um livro". E por favor, nada de Crepúsculo.