quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Matéria - Yu-Gi-Oh, amar ou odiar?

Ao ouvir falar de Yu-Gi-Oh tenho certeza que a imagem de um desenho japonês infantil de cartas lhe vem à cabeça. Mas para muitos não é assim.
Desde pequeno, assistia Yugi e seus amigos na TV Globinho, durante o período matutino. Lembro que ficava todo feliz, me imaginando com um jogo daqueles, se ele existisse. Mal sabia eu que uma febre tinha acabado de começar.

Em pouco tempo, todo o meu colégio já estava comprando vários Decks de cartas (por preços muito altos, diga-se de passagem), e competindo entre si durante os intervalos.
Assim como a moda veio, a moda foi. Yu-Gi-Oh tinha sido trocado por Master e os antigos Decks foram jogados no armário ou dados para o cachorro comer.

Mas ainda sim, uma cultura Otaku, e alguns jogadores de cartas ainda jogam esse jogo. O anime virou apenas um pretexto para se divertir vendo duelos (agora com novos personagens e regras oficiais, e não transmitido no Brasil), já que o jogo em si é o jogo de cartas.

Ao pesquisar me deparei com uma grata surpresa: O jogo é muito mais inteligente do que pensávamos. Os antigos Decks que todo mundo comprava não podem ser usados em duelos oficiais, apenas cartas de Boosters (pacotes que contém 9 cartas aleatórias e oficiais; por um preço médio de 15 reais) e algumas promocionais podiam. Para identificar há um pequeno código de letras abaixo da carta, eliminando qualquer chance de alguém querer entrar com uma carta de Deck.

Não pode haver nenhum amasso ou rasgo na carta, ou ela está desclassificada, sendo esse o motivo de os jogadores comprarem protetores (preço médio de 35 reais em 50 protetores) para elas.
O jogo em si é muito mais complexo do que o do desenho. Cada carta tem seu efeito, armadilhas, magias, tributos, fusões e muito mais. Em algum tempo já estava jogando um jogo muito envolvente e dinâmico, onde não apenas sorte é preciso, mas também inteligência e determinação.

Àqueles que ainda pensam em Yu-Gi-Oh como um jogo infantil, devem pesquisar e jogar de verdade para entender o verdadeiro jogo. Antes de tudo, é mais uma forma de se divertir, por mais que não seja nada barato.

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Quanto aos jogos de videogame de Yu-Gi-Oh não há muitas escolhas. O primeiro que fez sucesso foi Yu-Gi-Oh Forbiden Memories para PS1, onde as regras não eram oficiais, mas chegavam a agradar, com animações dos monstros e uma história linear. Jogos de Game Boy Color eram tão ruins que sequer chegaram a ser lançados em inglês.

Após esse sucesso, jogos para Game Boy Advance começaram a sair em alto número, todos com boa qualidade e a maioria envolvendo as regras oficiais.
Os jogos para PS2, XBOX e Game Cube não fizeram tanto sucesso. Todos seguiam outro tipo de regra que não a oficial, e apesar de conter animações de monstros até satisfatórias, não chegavam a agradar. Atualmente saiu um jogo chamado Yu-Gi-Oh GX- The Beginning of Destiny, com regras oficiais e uma história linear, e muitas cartas (desta vez, quase sem animações). É o melhor jogo já lançado, e vale a pena ser jogado, seja você um fã, ou alguém que quer entender o sistema.

Os portáteis atuais também receberam suas versões, ambas de boa qualidade. O jogo de PS2 citado acima nada mais é do que uma conversão de um dos jogos de PSP (tendo até conexão com o mesmo via USB), mantendo até mesmo os gráficos fracos em 2D no modo história.

Portanto, se você quer um bom jogo de Yu-Gi-Oh para jogar, escolha um computador, onde várias modificações para jogar online são feitas, ou compre um portátil. O PS2 até quebra o galho, mas só com um único jogo.
Deixe o preconceito de lado e experimente. Não é só Master que é considerado jogo de cartas, afinal, existem muitos outros, e de ótima qualidade.

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