Volto depois de muito tempo ao blog. Isso porque li uma matéria que o Renato Bueno postou em seu twitter, que falava de algo muito sério, e que a maioria dos jogadores não para para pensar.
Hoje em dia ligamos a televisão e só conseguimos assistir algo com conteúdo em canais pagos (e ainda assim, procurando bem). Enquanto não passa Big Brother Brasil, novela das 8, jornais sensacionalistas, temos milhões de propagandas sem nenhum material significativo e com apelos à sexualidade.
Ao me encontrar nessa situação, posso escolher uma das seguintes opções:
1 - Procurar algum canal que passe algo bom (muito difícil)
2 - Desligar a televisão e procurar outra mídia para me divertir
Seguindo a tradição, decido assistir um filme. Como só encontro Sessão da Tarde, decido baixar um pela internet e, sim, apelar para a pirataria. Baixo em 30 minutos algo que foi filmado dentro da sala de cinema, em péssima qualidade. Desisto.
Decido então ir para a última e mais divertida mídia atual: os videogames. Sento no sofá, ligo a tv e pego o jogo do ano, Bayonetta,
É uma revolução! O jogo do ano! Gráficos lindos, pancadaria geral, jogabilidade igual a de Devil May Cry. O que poderia ser melhor? AH! Claro! Como não pensaram nisso antes? Uma mulher pelada! Perfeito!
Ou será que não?
Claro. Só homens tarados por uma mulher nua virtualmente vão querer jogar isso. Não há um público feminino, infantil, homossexual, e até mesmo de mais velhos, que queiram jogar, não é mesmo?
Mas ninguém leva isso em conta. Nem os jornalistas. A revista mais conceituada do mundo dos jogos, a japonesa Famitsu, deu nota máxima ao jogo.
Eu não sei se fui o único, provavelmente não, mas independentemente de sexualidade e afins, essa parte no jogo me incomodou. É completamente desnecessário. O jogo em si pode ser bom, mas uma mulher nua e virtual só serve para satisfazer a vontade de pessoas que acreditam que aquilo é real. E são pessoas assim que jogam GTA e saem pelas ruas matando as pessoas.
Sim, nesse caso o videogame é o culpado.
Prefiro seguir a idéia da MTV. "Desligue a tv e vá ler um livro". E por favor, nada de Crepúsculo.